Da Sucursal de Barra do Garças
A ação da quadrilha desarticulada ontem pela Polícia Federal já havia sido denunciada pelo Ministério Público Estadual (MPE) em junho do ano passado. O MPE denunciou os tabeliães e corretores de imóveis da região de Barra do Garças por formação de quadrilha, falsificação de documento público e estelionato, depois que vítimas procuraram a instituição para relatar como foram lesadas. Na época, a promotora de Barra, Luciana Rocha Abrão David, encaminhou o caso à Polícia Civil para abertura de inquérito.
Uma das vítimas que procurou o MPE residia em São Joaquim. Ele alegou que havia perdido posse e propriedade da terra onde morava por causa da atuação da quadrilha, que havia falsificado uma escritura pública no cartório de Barra do Garças para conseguir a reintegração da área.
Foram denunciados pelo MPE Alvino Lelis da Silva (tabelião do cartório de Registro Civil de General Carneiro), Helena Costa Jacarandá (tabeliã do 1º Serviço Notarial e Registral de Barra do Garças) e os corretores Gaspar Braz Parreira e Altino Moreira dos Santos, que respondem ao processo por viabilizar a comercialização de dez mil hectares de terra, na Gleba Xingu, município de Vila Rica, em 2003.
Segundo a denúncia, a quadrilha fez a transferência mediante falsificação da escritura, ou seja, incluindo nome fictício para o proprietário e colocando data retroativa ao ano de 1981 no registro. O tabelião Alvino, de General Carneiro, confessou a fraude do documento. (FA)
Fonte: Diáro de Cuiabá
Data: 21/04/07
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