Por William Gregory
As bolsas de valores do Brasil e do mundo tiveram mais um susto com a publicação do nivel de endividamento dos americanos no mercado imobiliário. Os empréstimo são, em geral, de 3 tipos a saber:
Prime – financiamentos de primeira linha com garantias e baixo
risco – juros pré-fixados
Subprime – Empréstimos de altíssimo risco e sem garantias – juros pos-fixados
Alt-A – financiamentos de risco moderado a alto pois exigem poucas garantias – juros pós-fixados.
O total de financiamentos do setor imobiliário americano atinge o valor de 10 trilhões de dólares, o que representa 75 % do PIB dos Estados Unidos. É, sem dúvida uma cifra elevada e por isso qualquer abalo neste mercado chama a atenção das bolsas de valores.
Desse total, US$ 665 bilhões são da categoria Subprime de alto risco pois não exigem garantias. Os subprime representam 15% do total. O problema é que, como os juros cobrados são pós-fixados, a inadimplência tende a crescer quando as taxas de juros americanas passaram de 1,25% ao ano, no fim de 2002, para os atuais 5,25% tornando os financiamentos muito mais caros.
A categoria Alt-A representa US$ 634 bilhões e são de risco moderado a alto pois exigem poucas garantias e, também, trabalha com juros pos-fixados. Junto com o Subprime respondem por cerca de 25% do endividamento total do setor imobiliário.
Para os analistas, o maior risco está nos empréstimos Subprime e, também, nos Alt-A, devido ao grande aumento das taxas de juros americanas. As prestações subiram demais e os clientes não estão conseguindo honrar seus pagamento, aumentando fortemente a inadimplência.
Nesse caso, pode haver a quebra de algumas empresas, contudo os volumes dos financiamentos Subprime e Alt-A ainda são pequenos frente aos 10 trilhões de dólares da industria imobiliária americana e os especialistas descartam uma grave crise no momento. Porem a preocupação existe.
O risco é se as taxas de inadimplência dispararem, pode haver a retomada judicial dos imóveis hipotecados, que voltariam ao mercado, gerando a redução dos preços vigentes e pode afetar o consumo e emprego, levando a uma desaceleração da economia americana.
Os analistas acreditam que a situação, no momento, não é grave e não é indício de recessão ou “crash” no mercado imobiliário americano.
Logo, a Bovespa voltará ao normal. Tudo não passou de mais um susto.
Fonte: Teresópolis Jornal
Data: 18/03/07
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